A Sea Shepherd enviou sua unidade Força O.R.C.A. para a Namíbia, para expor um dos maiores crimes da fauna marinha conhecido, a matança de 90.000 filhotes de foca.
Uma equipe de cinco ativistas comprometidos e apaixonados foi cuidadosamente selecionada para executar essa missão perigosa.
A matança de focas da Namíbia inicia a cada ano no início de julho, e continua até que os titulares da licença atinjam sua cota de 90.000 filhotes de foca. O comerciante de peles turco/australiano, Hatem Yavuv, compra todas as peles e as processa em sua fábrica para fornecer alta-costura para sua clientela sem consciência. “No ano passado, um funcionário do governo nos chamou de ‘inimigos do Estado’ por interferir em sua operação de comércio de pele. Essa declaração nos deixou ainda mais determinados a voltar e colocar um fim à matança de focas em extinção”, disse Laurens de Groot, diretor da Força O.R.C.A.
A unidade, com sucesso, cruzou a fronteira da Namíbia, carregando equipamentos de alta tecnologia, e atualmente está operando a partir de um local não revelado, no vasto deserto da Namíbia. “Sabíamos que tínhamos de ser cuidadosos na fronteira, pois sabíamos que outra ONG foi impedida de entrar, quando ficou claro que eles estavam entrando na Namíbia para parar a matança de focas, mas nossa equipe cruzou a fronteira clandestinamente, em um local onde nunca seríamos esperados”, explica a Coordenadora da Sea Shepherd África do Sul, Rosie Kunneke.
Depois de atingir a área da matança de focas, a equipe imediatamente realizou uma operação de reconhecimento para ver como o massacre foi organizado este ano. O veterano do Exército dos EUA, Jake Weber explica: “Os caçadores e o governo gastaram mais dinheiro na segurança do que nunca, com patrulhas armadas em torno da colônia de focas, um comboio de carros de patrulha em torno do caminhão que transportava os filhotes de foca abatidos, e guardas com cães patrulhando o perímetro da fábrica de pele. Eles ainda enviaram seu novo navio da marinha, ‘O Elefante’, para patrulhar ao longo da costa do Cabo Cruz. É o seu pequeno segredo sujo, que eles não querem que ninguém saiba”.
O maior massacre ocorre em Cape Cross, que é uma reserva de focas designada, e também a segunda maior atração turística do país sul africano. O governo da Namíbia pode ter um lucro ainda maior, e sustentável, de observação de focas, em comparação com o lucro com a matança de focas, mas ainda assim continua a dizimar a população desta colônia vulnerável. Esta controvérsia é simplesmente insana, em relação à conservação e à questão econômica.
A Sea Shepherd continuará a intervir e expor essa atrocidade até que o mundo inteiro saiba sobre isso. Esta publicidade negativa vai custar milhões de dólares à indústria do turismo namibiano. Juntamente com o aumento do custo da segurança, em algum momento o governo será obrigado a cancelar essa prática atroz.
Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil
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