Estudo revela que águas-vivas têm mecanismo de propulsão otimizado

Águas-vivas são vistas no Museu Oceanográfico de Mônaco. (Foto: AP Photo/Lionel Cironneau, File)
Águas-vivas são vistas no Museu Oceanográfico de Mônaco. (Foto: AP Photo/Lionel Cironneau, File)

Um estudo publicado na revista científica “Proceedings of the National Academy os Sciences of the United States of America” (PNAS) concluiu que as águas-vivas, ou medusas, têm o mecanismo de propulsão mais eficiente do mundo animal.

Intrigava os cientistas o fato de as águas-vivas terem a habilidade de se multiplicar e tomar conta de ecossistemas perturbados, mesmo sendo consideradas nadadoras ineficientes e precisando de contato direto com as presas para se alimentar.

Anel induz uma região de alta pressão (em vermelho / laranja) sob o corpo da água-viva. (Foto: Brad Gemmell/Divulgação)
Anel induz uma região de alta pressão (em vermelho / laranja) sob o corpo da água-viva. (Foto: Brad Gemmell/Divulgação)

Para entender como as águas-vivas conseguem competir e superar caçadores mais eficientes, como os peixes, os pesquisadores passaram a investigar o mecanismo de propulsão da medusa. A conclusão foi que a água-viva tem um mecanismo único de recaptação de energia, que reduz os gastos de energia dos músculos utilizados no nado.

No nado da medusa, a aceleração é atingida na fase de contração e a desaceleração, na fase de relaxamento. Ao observar a dinâmica da medusa na água, os autores concluíram que, na fase de relaxamento, o anel que fica sob o corpo do animal, por onde flui a água, gera uma pressão positiva, proporcionando um impulso extra que análises anteriores não haviam levado em conta.

“Estimamos que a demanda metabólica reduzida por recaptura de energia passiva melhora os custos energéticos do transporte em 48%, permitindo que as medusas atinjam grandes distâncias para encontrar as presas necessárias”, diz o estudo, da Universidade Roger Williams, dos Estados Unidos.

Fonte: G1

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