Nosso célebre naufrágio, a Corveta Ipiranga V-17, em Fernando de Noronha, acaba de perder mais um pedacinho, logo após completar 35 anos debaixo d’água. Quem mergulhou lá nos últimos dias notou falta da travessa do topo do mastro.
Mas esse dano não foi causado pela força do tempo. A hipótese é que o cabo que marca o ponto de mergulho, fixado na popa, se enrolou no mastro após uma das bóias que o sustenta furar. Então, algum barco amarrado com o cabo enrolado, sem perceber, arrancou a peça.
A preocupação é que o mastro em V, já parcialmente caído em direção à popa, pode se degradar mais rapidamente sem a travessa.


Mais cobiçado ponto de mergulho do Brasil, a Corveta Ipiranga repousa a 63m metros de profundidade, praticamente intacta em posição de navegação – o que torna o mergulho mais incrível e também faz com que a degradação do naufrágio seja mais lenta (um barco adernado tende a se desfazer mais rápido, já que as estruturas não foram projetadas para suportarem outras posições). A corveta naufragou em 11 de outubro de 1983, no mar de dentro, após se chocar com o Cabeço da Sapata – outro belo ponto subaquático do arquipélago.

O mergulho na Corveta normalmente é feito na altura do convés, em profundidade de até 55m, onde se pode ver o casario e o canhão de proa, cobertos por corais coloridos e esponjas vermelhas. A vida marinha lá é intensa, com frequentes visitas de cardumes de raias-chita, xaréus e barracudas, além de badejos e garoupas. Penetrações de vários níveis de dificuldade são possíveis no naufrágio, que tem 56m de comprimento: praticamente todos os objetos encontram-se em seu interior, incluindo roupas nos armários, utensílios da cozinha e equipamentos de telecomunicação.

por: Marcella Duarte | Divemag
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