Desde a formação da Terra, há cerca de 4,6 bilhões de anos, a atmosfera passou por transformações significativas. Inicialmente, a composição atmosférica era hostil para muitas formas de vida, sendo dominada por gases como hidrogênio (H), amônia (NH3), vapor d’água (H2O), metano (CH4), sulfeto de hidrogênio (H2S) e dióxido de carbono (CO2) em concentrações muito maiores do que as atuais.

Imagem: Luis Robayo/AFP
Acredita-se que o oxigênio (O2) começou a se formar há cerca de 2,3 bilhões de anos, graças às cianobactérias, que, por meio da fotossíntese, consumiam CO2 e liberavam O2. Com o passar do tempo, outras fontes de oxigênio surgiram, como as algas verdes, há aproximadamente 1,5 bilhão de anos, e as florestas, que apareceram há cerca de 400 milhões de anos.
Esse processo gradual de redução de CO2 e aumento de O2 permitiu o desenvolvimento das primeiras formas de vida vertebrada, por volta de 400 milhões de anos atrás. O oxigênio atmosférico atingiu níveis semelhantes aos atuais há cerca de 200 milhões de anos, criando as condições necessárias para o surgimento de nossos ancestrais, há cerca de 200 mil anos. Hoje, a atmosfera é composta por 78% de nitrogênio (N2), 21% de oxigênio (O2) e menos de 1% de outros gases, incluindo o CO2.
No entanto, o equilíbrio atmosférico que levou bilhões de anos para se estabelecer está sendo rapidamente alterado. Nos últimos 250 anos, desde o início da Revolução Industrial, a concentração de CO2 na atmosfera aumentou mais de 50%, contribuindo diretamente para o aquecimento global.
As florestas, que surgiram há 400 milhões de anos, desempenham um papel crucial na regulação do clima, armazenando carbono, prevenindo enchentes, reabastecendo os lençóis freáticos e mantendo a umidade do ar. No entanto, elas cobrem apenas 31% da superfície terrestre atualmente, e cerca de 7 milhões de hectares de florestas tropicais são desmatados a cada ano.
No Brasil, o desmatamento é agravado pela pecuária extensiva, que, junto com a degradação florestal e a agropecuária, é a principal responsável pela emissão de gases de efeito estufa (GEE). O aumento das temperaturas globais torna as florestas mais vulneráveis a secas, ondas de calor, incêndios e pragas, criando um ciclo vicioso que intensifica o aquecimento global.
O desafio de preservar o meio ambiente, que levou bilhões de anos para evoluir, é urgente. É necessário repensar nossas práticas e implementar ações eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, protegendo as florestas e reduzindo as emissões de CO2 antes que seja tarde demais.
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