Depois de permanecer 60 horas a trinta metros de profundidade, foi resgatado com um sino de mergulho.
Como em uma novela, o naufrágio do rebocador “Jáson 4” no Golfo de Guinea, ocorreu no dia 25 de maio, enquanto rebocava um petroleiro russo, deu lugar a uma história digna do melhor dos filmes de Hollywood. Um dos tripulantes conseguiu ser resgatado com vida, quando o rebocador jazia abaixo de 30 metros de profundidade, depois de passar 60 horas submerso… e sem dúvida uma façanha e tanto para os mergulhadores que fizeram o resgate, e mais ainda para o cozinheiro Harrison que voltou a ver sua mulher.
O argentino Iván Parvanoff (Mendoza, Argentina 1986) foi um dos mergulhadores que participou da façanha. Alocado no navio de mergulho, o mais próximo que operava no Golfo de Guinea, em um poço petrolífero nigeriano, receberam a chamada de emergência na madrugada de 25 de maio e depois de 20 horas de navegação, se apresentaram no ponto do naufrágio para planejar a missão, resgatar com vida algum dos 12 tripulantes do “Jasón 4”.
Depois de várias imersões com cilindro, e diante do risco de uma doença descompressiva para os sobreviventes em caso de evacuação a 30 metros, começaram a realizar mergulho com sino de saturação. Depois de numerosas buscas, recuperaram 10 cadáveres, quando as esperanças eram mínimas, entre a cozinha e um banheiro, fez-se o milagre, Harrison, o cozinheiro, permanecia com água até a cintura, amarrado a cinco coletes salva-vidas para evitar afogar-se quando pegasse no sono. Depois de explicar a ele que não corria perigo e que iria ser introduzido em um sino de saturação, ele colocou um capacete de mergulho e pode entrar no sino, junto com seus resgatadores. Uma vez no exterior de depois de três dias de aclimatação à pressão atmosférica da superfície, voltou a ver a luz do sol, emocionado, prometeu ver sua mulher de imediato.
A experiência de Harrison: O valente náufrago, foi capaz de manter a calma,e além de vestir os coletes salva-vidas, realizou ao menos sete saídas de sua bolsa de ar para procurar algum de seus companheiros com vida no interior do barco. Quando viu que não tiveram sua sorte, construiu um pêndulo com um cabo e um ventilador, amarrados a uma vara localizada em cima de sua cabeça, para golpeá-lo periodicamente com o ânimo de que o ouvissem e procedessem seu resgate, essa esperança o manteve desperto e animado. Em declarações ao diário argentino La Nació, Iván Parvanoff declarou que “A parte ruim, foi a pressão de todos estes dias, sabendo que esta tragédia poderia ter sido evitada e o fato das vidas perdidas, tendo que transportar cadáveres a bordo e com um resultado trágico”, se lamenta, ao mesmo tempo que afirma “A parte boa é a satisfação de que valeu a pena todo o esforço que fizeram meus companheiros e eu misturando os conhecimentos sobre estas técnicas de mergulho e as novas tecnologias, para trazer de volta um tripulante, que os emocionou com suas histórias de sobrevivência em um lugar escuro e hostil e que hoje está bem, junto a sua família, e ainda que trágico, temos 10 famílias que puderam despedir-se de seus entes queridos”.
Tradução: Ana Luiza B. Brüning
Fonte: www.bajoelagua.com
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