Projeto de pesquisa sobre naufrágios Históricos

Para quem se interessa por sítios de naufrágio, construção naval, e assuntos como ecologia e globalização na Era dos Descobrimentos, vale a pena conferir o site de divulgação da ForSeaDiscovery –  http://forseadiscovery.cchs.csic.es/

Um projeto cientifico internacional e multidisciplinar que está sendo desenvolvido sob a parceria de várias instituições internacionais, (Espanha, Portugal, Inglaterra, Holanda, França, Irlanda e Estados Unidos), com a finalidade de inovar a História da Era das expansões marítimas, por meio do estudo das tábuas de madeira utilizadas para a construção naval nos séculos XVI e XVII.

O estabelecimento de novas rotas comerciais através dos descobrimentos marítimos implicou uma intensa demanda de recursos florestais para a construção de diversos tipos de embarcações, inclusive grandes naus para rotas longínquas e que pudessem estar munidas de equipamento militar para combate e proteção.  Por que não parar pra pensar que poder marítimo e recursos florestais estariam intrinsecamente relacionados, gerando tensões e alianças geopolíticas, e, regras de reflorestamento?

A partir daí lançam-se outras questões chaves: As reservas florestais ibéricas podiam sustentar uma demanda cada vez mais crescente, ou esses recursos eram importados de algum outro lugar? Se sim, como as redes de comércio eram organizadas? A falta de recursos naturais forçou mudanças tecnológicas sobre a construção naval no século XVI, ou tais mudanças foram resultados de trocas de tradições de construções navais?

A pesquisa histórica, arqueologia subaquática, e métodos de análise de procedência da madeira, (anéis anuais de crescimento da árvore, anatomia e geo/dendroquimica), de diferentes instituições acadêmicas e privada internacionais, estão promovendo cursos de treinamento e oficinas direcionadas para o desenvolvimento de uma linha de pesquisa sobre o início da Era da Expansão Marítima, séculos XVI e XVII, um período ainda pouco estudado. Como resultado pretende-se inovar o conhecimento histórico desse período, incrementar o uso de recursos para construções navais e valorizar o patrimônio cultural internacional.