Foi encontrado no oceano, na costa de Fortaleza, uma estátua em forma de macaco feita de concreto a 25 metros de profundidade.
Os responsáveis por achar o artefato são pesquisadores do instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com a operadora de mergulho Mar do Ceará. O achado ocorreu durante mergulho para mapear os diferentes tipos de espécies que vivem no Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio, unidade de conservação do Ceará localizada a cerca de 10 milhas náuticas (18 quilômetros) do Porto do Mucuripe, em Fortaleza.
O mergulho faz parte das atividades de elaboração do Plano de Manejo da unidade de conservação, que está sendo realizada pelo Labomar, através do Contrato de Prestação de Serviços de Consultoria Técnica firmado entre o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO); o LABOMAR-UFC e a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) do Governo do Estado no âmbito do projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF Mar). Esse plano visa propor medidas para a conservação e o uso sustentável do Parque
De acordo com o órgão, realizaram os mergulhos científicos 8 pesquisadores para produzir fotos e vídeos, e identificar e quantificar espécies no fundo do mar e saber informações sobre a temperatura, oxigênio e salinidade através de coletas da água.
A expedição começou dia 10 julho, e já foram realizados seis mergulhos entre 17 e 30 metros de profundidade. “Foi semana passada. Fomos para um recife que nunca tínhamos mergulhado, descemos e vimos o que parecia ser uma figura humana, mas chegamos perto e vimos que era uma estátua de macaco”, relata o professor Marcelo Soares, coordenador do Labomar.
A estátua foi achada dentro d’água com uma corda presa na cintura. “Ninguém sabe quem fez, e ninguém sabe quem colocou lá e nem por qual motivo. Foi super curioso”, avalia Marcelo Soares.
PARQUE MARINHO
De acordo com os pesquisadores, cerca de 200 espécies vivem na área do Parque Marinho. Porém, o número pode aumentarapós o término do Plano de Manejo da unidade de conservação, cujo documento mostrará a situação dos animais, condição do ambiente, aspectos de poluição e ações de preservação.
“Estamos na fase crucial para diagnosticar a saúde dos animais e do ambiente para, então, podermos fazer intervenções. A gente tem se surpreendido muito com os resultados. Nos últimos mergulhos, encontramos espécies de tubarões, arraias, tartarugas e peixes. Essa diversidade de animais indica que o ambiente está saudável. Encontramos também corais grandes e isso é um indicador de saúde do local”.
Fonte: Marcelo de Oliveira Soares, professor do Labomar e coordenador do Plano de Manejo (fone: (85) 3366 7010), do site da UFC, com adaptações.
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