Um dos mergulhadores que trabalhavam no resgate às vítimas do naufrágio da balsa Sewol, na Coreia do Sul, morreu nesta terça-feira (6) após perder a consciência durante uma submersão em busca de pelo menos 39 desaparecidos que ainda podem estar dentro da embarcação. Segundo autoridades do país, 263 corpos já foram resgatados do navio, que virou na costa sudoeste no dia 16 de abril, com 476 pessoas a bordo. Ao todo, há 174 sobreviventes – incluindo a maior parte da tripulação – e 302 mortos ou desaparecidos.
O contato com o resgatista foi perdido em um mergulho de cerca de 25 metros de profundidade. O homem de 53 anos estava a serviço de uma empresa privada especializada em engenharia naval e salvamentos. A vítima foi levada para um hospital da cidade de Mokpo, mas não resistiu, segundo a agência de notícias local Yonhap.
As buscas pelos desaparecidos do naufrágio estão sendo feitas há 21 dias e contam com equipes de mergulhadores da Marinha sul-coreana, da Guarda Costeira e de civis. Os fortes ventos e as marés, porém, têm dificultado os trabalhos de resgate dos corpos.
Trajeto e acidente
A balsa Sewol fazia a rota entre a cidade de Incheon, a oeste de Seul, e a ilha turística de Jeju. Entre os passageiros da embarcação, 325 eram estudantes de um instituto de ensino médio da cidade de Ansan, na periferia de Seul.
Acredita-se que o navio tenha afundado após uma manobra brusca, que deslocou todo o peso de sua carga para um lado, o que desequilibrou a balsa e a fez virar em pouco mais de uma hora.
O capitão da Sewol foi criticado pela demora nos procedimentos de evacuação. Ele permanece detido por supostamente ter deixado a embarcação e não ter zelado pela segurança dos passageiros e da tripulação.
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