A visão das bochechas rechonchudas de um bebê muitas vezes é suficiente para transformar alguém rabugento em um ser repentinamente dominado pela ternura e pelo carinho. As frases são encurtadas, os sons são exagerados e o padrão geral da fala se torna mais cantante e musical, como um “iti malia”. Os pesquisadores chamaram isso de baby talk (conversa de bebê, em tradução livre) ou língua materna.
“Não mudamos as palavras que dizemos, mas sim a maneira como as dizemos”, diz Laela Sayigh, bióloga marinha do Woods Hole Oceanographic Institution e do Hampshire College em Massachusetts, Estados Unidos.
Foi demonstrado que apenas algumas outras espécies mudam suas formas de comunicação sonora quando se dirigem aos filhotes, como os tentilhões-zebra, os macacos-rhesus e os macacos-esquilo. Mas nenhuma delas usava a linguagem materna. Agora, o novo estudo de Sayigh, baseado em três décadas de dados na Flórida (EUA), revela que os golfinhos-nariz-de-garrafa usam essa linguagem. Trata-se da primeira vez que isso foi documentado em uma espécie que não seja humana.
Fonte:https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2023/06/maes-golfinhos-mudam-suas-vozes-para-falar-com-os-filhotes
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