James Cameron inicia mergulho ao ponto mais profundo do oceano

Depressão Challenger fica no oeste do Pacífico, ao leste das Filipinas. Objetivo do cineasta é se tornar primeira pessoa a atingir o ponto em 50 anos.

Foto de arquivo mostra James Cameron ao lado do submersível, após testes do equipamento na Austrália (Foto: AP Photo/National Geographic, Mark Thiessen, Arquivo)

Diretor de sucessos do cinema como “Titanic” e “Avatar”, James Cameron iniciou neste domingo (25) uma missão submarina solo rumo ao ponto mais profundo do Oceano Pacífico, informou a parceira da expedição, a National Geographic Society.

Cameron “começou sua descida ao ponto mais profundo do oceano”, a Depressão Challenger, nas Fossas Marianas, informaram os organizadores da expedição DeepSea Challenge. As Fossas Marianas se situam no oeste do Pacífico, ao leste das Filipinas. A cicatriz em forma de lua crescente na crosta terrestre tem mais de 2.500 km de extensão por 69 km de largura, em média.

O cineasta canadense deixou o minúsculo atol de Ulithi, no Pacífico, no sábado (24), para realizar a missão que o levará a 11 km de profundiade no Oceano Pacífico, segundo a instituição científica. Cameron já fez 12 mergulhos ao fundo do mar, incluindo 12 para filmar “Titanic”.

Seu objetivo é se tornar o primeiro ser humano a visitar o ponto mais profundo do oceano em mais de 50 anos, trazendo à superfície dados e espécimes. Espera-se que ele obtenha imagens em 3D que possam ajudar os cientistas a compreender melhor a parte inexplorada da Terra.

O submersível projetado por Cameron, um “torpedo vertical” que completou a jornada com sucesso na sexta-feira em missão não tripulada, tem oito metros e deve permitir ao cineasta passar seis horas no leito submarino, período durante o qual ele planeja coletar amostras e filmar sua jornada com a ajuda de câmeras de alta definição tridimensionais e uma estrutura de 2,4 metros de lâmpadas de LED.

Fossas Marianas
Em 1960, dois tripulantes a bordo do submersível da Marinha Americana Trieste – os únicos humanos a chegar até a Depressão Challenger – passaram apenas 20 minutos no fundo do mar, mas sua visão ficou ofuscada pelo lodo suspenso no momento em que tocaram a terra.

Segundo membros da equipe, por causa da profundidade extrema, as Fossas Marianas permanecem em escuridão permanente e a temperatura é apenas alguns graus acima da de congelamento. A pressão debaixo d’água no fundo da depressão é esmagadora e corresponde a cerca de mil vezes a pressão atmosférica padrão do nível do mar.

Cameron, de 57 anos, se preparou nos últimos dias com corrida, ioga para aumentar a flexibilidade para o mergulho dentro do apertado submarino e estudando a ciência do fundo do mar, explicou à National Geographic News o médico Joe MacInnis.

Fonte: G1

 

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