Como temíamos a alguns dias constatamos o início da matança de tubarões em Recife, devido a operação do Barco Sinuelo e sua tentativa de remover tubarões da área costeira para o alto-mar, após quatro dias monitorando a costa do litoral de Pernambuco, a equipe do barco Sinuelo conseguiu capturar (1) e matar (1), na manhã desta terça-feira dia 30, sendo um tubarão lixa, com 2,35 metros, e outro o outro um tubarão tigre de 1,10 metro.
O tubarão lixa, que é considerado completamente inofensivo para o ser humano, foi pescado no mar de Boa Viagem e, após verificar que o animal já possuía uma anilha de marcação o mesmo foi devolvido à água. Já o tubarão tigre pego no Paiva, não sobreviveu ao ferimento feito pelo anzol (foi fisgado pelo olho) e acabou morrendo, as duas espécies foram capturadas no espinhel fora do canal – um trecho mais profundo que fica próximo da praia, (detalhe: se continuarmos nessa proporção metade das capturas resultarão em morte de tubarões com aval e verba do governo).
Linhas com anzóis foram colocadas no trecho compreendido entre as praias do Pina, na Zona Sul do Recife, até a praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. A embarcação, que passou sete meses parada por falta da liberação de verbas públicas, voltou a operar na última sexta-feira dia 26. Após a morte da turista paulista Bruna Gobbi, de 18 anos, o Governo liberou R$ 1,7 milhão para que os pesquisadores continuassem os trabalhos, e infelizmente esse dinheiro que poderia estar sendo utilizado na preservação do meio ambiente e ou educação ambiental junto aos turistas que frequentam a região, está sendo usado para financiar um massacre de espécies ameaçadas de extinção em todo o planeta.
O Projeto Sinuelo
As pesquisas são realizadas, desde o ano de 2004, por técnicos do Instituto Oceanário, uma ONG (organização não governamental), com sede na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Com as duas espécies pescadas hoje, o número de tubarões capturados, em nove anos de operação do Sinuelo, subiu de 377 para 379, e só a tripulação do mesmo sabe o número real de mortes de tubarões durante essas operações. Segundo dados divulgados pelo Departamento de Pesca da UFRPE, o projeto informa, mas não comprova, que conseguiu impedir 90% dos ataques de tubarão nas praias do Litoral do Estado durante as incursões do barco Sinuelo, o que não justifica a ação e o extermínio desses animais que notoriamente estão ameaçados em todo o mundo, mas a ignorância e a política falam mais alto na hora de usar um acidente fatal, para conseguir verbas para pesquisas de cunho duvidoso.
Fica o alerta e a indignação do trabalho covarde e sem respeito a natureza feita pelas entidades responsáveis e com apoio do governo.
Por: Kadu Pinheiro, DIVEMAG.org
Vamos ajudar a proteger os tubarões: petição pública em defesa dos tubarões, sobre o pedido de moratória por 20 anos, que a Sea Shepherd entregou ao Senado Federal no ano passado:
ASSINE A PETIÇÃO AQUI
Tubarões em risco de extinção. Campanha pela moratória da pesca de tubarões na costa brasileira.
www.avaaz.org
Bom, não sei quem são os pesquisadores por trás da tal ONG, e nem quais seriam os objetivos da pesquisa. Mas achei a sua matéria um tanto quanto tendenciosa. Veja bem, não estou dizendo que você está errado; apenas que você mostrou um lado da coisa e se esforçou muito para reforçá-lo com argumentos meio exagerados. Daí, sem ouvir o outro lado e saber mais sobre o assunto, fica difícil interpretar a situação toda.
Por exemplo: de dois indivíduos coletados dos quais um foi devolvido e outro morreu acidentalmente (já que ele foi fisgado pelo olho, então não dá para afirmar que o objetivo era matar, ainda mais considerando que o outro foi solto sem problemas) você deduz que metade dos animais capturados morrem. Mas pôxa vida, calcular uma proporção com duas amostras apenas é um exagero! Se eu jogar cara e coroa duas vezes e ganhar nas duas eu não posso dizer que ganharei todas as partidas daqui para frente, certo? Da mesma forma, se de dois animais coletados um morreu, é impossível dizer que metade vai sempre morrer. Pode ser que sim, mas também pode ser que não, e com apenas esta informação qualquer especulação é forçação de barra.
E aí, toda a sua dedução de que o projeto é um massacre é baseado em um argumento muito frágil…
De novo, não estou dizendo que você esteja necessariamente errado. Estou apenas dizendo que as informações que você forneceu são poucas e vagas para que possamos concluir alguma coisa. Neste sentido, acho que seria bacana que você desse mais informações. Por exemplo: há mais indícios de que a ONG tenha feito coisas ruins no passado? Se sim, quais?
Você tentou entrar em contato com algum responsável pelo projeto para conseguir esclarecimentos? Isso seria muito importante, pois ouvir os dois lados ajuda muito a se formar uma opinião, e demonstraria que você está genuinamente interessado em saber o que aconteceu.
Enfim, espero que não tome o meu comentário como um ataque ou algo assim. É apenas um pedido de mais informações, para que possamos saber melhor o que está acontecendo.
Cordialmente
Marcos
Boa noite,
Gostaria de saber de onde vem essas informações e de onde vem tanta certeza que essas mortes são “feitas” pelo projeto SINUELO, pois pesquisando e conversando com o “responsável” pelo projeto obtive a seguinte resposta sobre a pergunta que fiz sobre esta matéria se seria realmente verdade.
Laura:SERÁ VERDADE O QUE ESTÃO DIZENDO NESTA MATÉRIA NA DIVEMAG.ORG?
“FULANO: Claro que não, Laura. Infelizmente, temos 15% de mortalidade dos tubarões tigre capturados, ou seja, de cada 100 tubarões tigre capturados, 15 morrem. Infelizmente, esses dois que morreram integram essa estatística. Na mesma operação capturamos um tubarão lixa, que já havia sido marcado e que foi medido e solto em ótimas condições. Não há métodos que protejam 100% contra os ataques nem que garantam 100% de sobrevivência dos animais capturados. O que temos hoje, é um equilíbrio entre 95% de redução dos ataques, com 15% de mortalidade dos tubarões tigre capturados. A mortalidade do lixa é de 0% ! Claro que temos os partidários do PROPESCA que defendem 100% de mortalidade dos tubarões capturados e alguns conservacionistas que defendem 0% de mortalidade dos tubarões. A solução construída é um equilíbrio entre esses dois extremos.
PE precisa de ajuda externa, pois uma única pessoa da UFRPE manda em tudo, recebe milhões de reais depois de mais ataques de tubarão, manipula dados e frauda o próprio sucesso acadêmico.