Os moradores e turistas que visitam Fernando de Noronha estão sofrendo com um grande racionamento na distribuição de água. O arquipélago tem 2.630 habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), e é administrado pelo Estado de Pernambuco.
O problema foi causado pela seca – a pior em 50 anos, que levou ao colapso a barragem do Xaréu no último dia 24. Por conta disso, as casas e estabelecimentos estão enfrentando racionamento de um dia com água e nove dias sem, já que o abastecimento está sendo feito exclusivamente por água dessalinizada do mar ou por carros-pipa.
O problema foi agravado por conta do Carnaval, quando o arquipélago fica lotado de turistas.
Reclamações
No último sábado (8), os moradores realizaram um protesto e fecharam a BR-363, que dá acesso ao aeroporto do arquipélago, cobrando soluções para o problema. (http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/grande-recife/noticia/2014/03/08/moradores-de-fernando-de-noronha-fazem-protesto-contra-falta-de-agua-474868.php)
“Estamos nos virando do jeito que podemos. Não tem tenho ideia de quantos dias falta água, mas quase não tem água. Até água mineral falta também, porque depende dos pedidos aos fornecedores no continente”, disse ao UOL a moradora e operadora de caixa Janaína Miranda da Silva.
O gerente de um supermercado em Fernando de Noronha, Vital Araújo, afirma que a situação de abastecimento está crítica, e os empresários necessitam apelar para compra de água por meio de carros-pipa.”A gente vai na companhia e solicita o carro, e a cobrança vem na fatura. É cobrado o valor de litros pedidos”, explicou.
Explicação
Segundo a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento), o problema de abastecimento se agravou ainda em 2013 por conta da severa estiagem. “Em junho houve apenas um registro de chuva, fazendo com que a barragem acumulasse cerca de 18% de sua capacidade”, informou
Por conta do problema atual, a empresa pôs em prática um plano emergencial com o abastecimento através de carros-pipa.
A companhia informou ao UOL que contratou um projeto, no valor de R$ 4,7 milhões, para ampliar o sistema de dessalinização e também alterar o sistema de captação, o que deve possibilitar a captação da água do mar por 24 horas.
“Atualmente a Compesa conta exclusivamente com água produzida pelos dessalinizadores, que representam cerca de 46% da demanda”, explicou a empresa.
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