Após morte de Surfista, Austrália cogita sacrificar tubarões com mais de 3 m

Terry Goss
Foto: Terry Goss

A morte no fim de semana de um surfista após o ataque de um tubarão-branco em uma praia do sudoeste da Austrália reavivou o pedido para que todos os animais com mais de três metros sejam sacrificados, informou nesta segunda-feira (25) a imprensa local.

O pedido foi feito depois da morte do surfista Chris Boyd, de 35 anos, em uma das praias perto da cidade de Gracetown, após o recente ataque de um tubarão, que é procurado intensamente pelas autoridades do estado da Austrália Ocidental.

A morte de Boyd é a primeira deste ano no estado da Austrália Ocidental, conhecido por ataques fatais de tubarões, e a terceira em uma década no litoral de Gracetown.

O presidente do clube de surfistas da região de Margaret River, Tom Innes, disse que o litoral da Austrália está infestado de tubarões-brancos devido ao status de proteção que têm no país.

“O número de tubarões está aumentando e estão atacando um número maior de pessoas que antes. Evidentemente, há mais tubarões na água e tubarões de grande tamanho são mais agressivos”, disse Innes em declarações citadas pela agência local “AAP”.

Mas o presidente do Governo do estado da Austrália Ocidental, Colin Barnett, se opõe ao massacre dos tubarões e aos esforços da organização americana OCEARCH para etiquetar os animais como o fez em outras partes do mundo, acrescentou a “AAP”.

O Ministério do Ambiente da Austrália calculou que havia menos de dez mil exemplares de tubarão-branco em 1990, ano no qual foi incorporado na lista de espécies protegidas, embora seja impossível fazer uma avaliação exata da população.

O grande tubarão-branco, que chega a medir até 5,5 metros, adquiriu fama mundial de assassino na década dos 70 com o filme “Tubarão”, dirigido por Steven Spielberg.

No entanto, este animal aquático se alimenta de peixes e outras espécies como arraias, mamíferos, crustáceos e aves.

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