A maior, melhor e mais famosa apneístas do mundo, Natalia Molchonova está desaparecida.

Notícias de Formentera, Espanha.

Natalia Molchanova estava mergulhando com um grupo de mais 3 mergulhadores no dia 02 de agosto, na costa da Espanha. Ela estava mergulhando sem nadadeiras entre 30 e 40 metros e supostamente foi pega por uma forte correnteza embaixo d’água. Buscas foram feitas assim que seus 3 mergulhaores avisaram as autoridades, durante todo o dia de domingo e durante o dia de ontem (segunda). Ela estava mergulhando cerca de 2 milhas do noroeste do Porto de La Savina.

Natalia Molchanova é sem dúvida a mais condecorada mergulhadora do mundo, com 41 recordes mundiais e 23 vezes campeã mundial de mergulho livre. Natalia treinava duro para ser a melhor, tendo mais de 9 minutos de apnéia estática e sendo a única mulher que passou dos 100m de profundidade na disciplina de Lastro Constante com Nadadeiras (descer e subir com nadadeiras), além de atingir 234m em apnéia dinâmica. Além disso, era PhD em Ciências Pedagógicas e autora de diversos artigos científicos e dois manuais de formação de mergulhadores livres. Criadora e atual presidente da Federação Russa de Mergulho Livre. Desenvolveu e ensinou mergulho livre em diferentes partes do mundo. Baseada em Moscou criou uma das mais vibrantes comunidades de mergulho livre do planeta.

Natalia é a mãe orgulhosa de Oksana e Alexey (também recordista mundial e campeão de mergulho livre). Ela amava as crianças e estava esperando o dia em que ela se tornaria avó. Ela era uma inspiração para todos os apneístas, e apesar de ser um dos mais competitivas atletas no mundo, sempre foi calma e tranquila durante as competições. Ela dizia que “nascer e morrer era importante, mas que competições de mergulho livre são apenas jogos para adultos”.

O motivo do desaparecimento da Natalia ainda é desconhecido, e é muito cedo para especulações de qualquer tipo, mas ela estava fazendo o que mais amava. Natalia tem uma paixão por mergulho livre tão profunda, que ela dedicou sua vida a isto.

Fonte: AIDA,

tradução: Reinaldo Alberti

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