LOS ANGELES – “Blackfish”, o documentário sobre orcas vivendo em cativeiro que gerou muita publicidade negativa para o SeaWorld, levou a Pixar a reescrever parte do roteiro da sequência de “Procurando Nemo”. O filme “Procurando Dory” tem previsão de lançamento para 2015 e ainda está nos estágios iniciais de produção.
A história original trazia um final envolvendo um parque aquático, de acordo com um funcionário da Pixar. Mas a repercussão negativa de “Blackfish”, dirigido por Gabriela Cowperthwaite, levou a Pixar a reestruturar essa parte do roteiro, fazendo com que os peixes e mamíferos levados para o centro marítimo tenham a opção de sair.
Os estúdios Walt Disney, donos da Pixar, não comentaram o caso.
Os filmes da Pixar costumam mudar muito enquanto ainda estão em produção — essa é uma das facilidades das animações. Mas além de refletir o impacto de “Blackfish”, a mudança dá um raro vislumbre do processo criativo da empresa, que costuma se manter silenciosa sobre seus produtos até o lançamento. A história geral de “Procurando Dory”, por exemplo, ainda é um mistério.
O documentário “Blackfish”, lançado nos EUA em julho deste ano, acompanha a história de uma orca e suas três vítimas humanas fatais, para discutir as consequências de manter esses animais em cativeiro. Com o apoio de vídeos e testemunhos de duas pessoas que viram o primeiro ataque, em 1991, o filme acusa o SeaWorld de acobertar o caso e repassar informações falsas.
A maior parte das imagens é muito forte: baleias sangrando, flancos rasgados pelos dentes dos outros animais cativos, um treinador esmagado entre duas orcas, outro puxado repetidas vezes para o fundo até conseguir escapar. Como contexto desse comportamento agressivo, pesquisadores descrevem animais altamente socializáveis e carinhosos, mas acostumados a viver na imensidão dos oceanos, e não em parques temáticos onde vivem confinados.
O filme ainda não tem previsão de estréia no circuito comercial no Brasil, mas deve ser exibido no Festival do Rio.
Fonte: O Globo
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