O acesso ao “tesouro” natural escondido sob as águas de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Litoral Sul do estado, está mais restrito desde o último sábado. Os recifes de coral e as piscinas naturais estão sendo demarcados para evitar o desgaste do ecossistema. A área de visitação foi delimitada com cordas e boias. Os limites são móveis e variam dependendo do nível de desgaste do coral. Quando uma região é muito castigada pelos pés dos visitantes, as boias são colocadas para que o coral “descanse”. Também foi criada uma “passarela” para a passagem dos turistas. O objetivo é evitar que eles pisem em trechos mais delicados.

Um estudo sobre os danos ambientais à região provocado pelo movimento intenso de turistas que buscam sol e paisagens paradisíacas em Porto deve ser encomendado pela Prefeitura de Ipojuca até o fim do ano para definir as áreas onde a proibição será definitiva. Em 2011, um estudo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) já havia apontado que parte da fauna marinha dos recifes estava sendo destruída por causa do ecoturismo sem freio. De acordo com o levantamento, os trechos onde o acesso era livre (7% do total) tinham redução de 55% no número de animais que vivem em meio às algas.
Cerca de um milhão de visitantes passam todos os anos pelos recifes de corais de Porto de Galinhas. O passeio custa R$ 15 e pode ser feito de jangada. Com a maré baixa, ainda é possível ir até as piscinas naturais a pé para caminhar sobre as formações calcárias e mergulhar com os peixes coloridos. Segundo a bióloga Camilla Maciel, recifes danificados levam até 200 anos para se recuperarem totalmente.
Controle
A secretária de desenvolvimento econômico e meio ambiente de Ipojuca, Berenice Andrade, ressaltou que o controle na visitação dos corais é fundamental para a sobrevivência do ecossistema. “Nossa intenção não é acabar com o passeio, que é um dos principais atrativos da praia, mas construir uma política ambiental e econômica que preserve a natureza e o turismo ao mesmo tempo. Nosso objetivo é conseguir que o desenvolvimento ande lado a lado com o respeito ao meio ambiente”, afirmou. Além de ordenar o acesso às piscinas naturais, o município está cadastrando e orientando os ambulantes que atuam nas areais sobre a importância de manter o ambiente limpo.
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