África do Sul condena pela 1ª vez pescador de grande tubarão-branco

Foto: Image Source/Arquivo AFP
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Uma corte sul-africana condenou um pescador por capturar e matar um grande tubarão-branco em 2011. Essa é a primeira decisão do tipo no país, informou em comunicado o Ministério de Agricultura e Pesca do país.

A província de Cabo Ocidental aplicou uma pena de 12 meses de prisão ao pescador amador Leon Bekker – com direito a suspensão temporária de execução – e multa de 120 mil rands (R$ 26,6 mil) pela morte do animal.

A mídia local publicou fotos de Bekker arrastando o tubarão para uma praia rochosa.

A decisão foi elogiada por conservacionistas, que dizem esperar que a iniciativa ajude a desencorajar outros de caçar essa espécie protegida. O grupo ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF) saudou a medida.

“Ver as autoridades tomarem uma medida clara como essa é um excelente indício do compromisso em manter o status dessa espécie protegida”, afirmou a porta-voz da WWF sul-africana, Eleanor Yeld-Hutchings.

“Esperamos que essa sentença nada desprezível seja um inibidor para práticas assim na África do Sul”, acrescentou.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), entidade que trabalha na proteção de espécies selvagens em risco de extinção, listou o grande tubarão-branco como espécie vulnerável.

Presente em todo o mundo, esse temido predador pode chegar a 3,5 metros de comprimento. Pescadores comerciais apreciam suas barbatanas, mandíbulas, dentes, óleo do fígado, pele e carne.

“Há evidências que sugerem que os animais continuam visados na pesca recreativa como uma espécie de troféu. E também existe um comércio de partes do corpo do tubarão-branco”, afirmou Eleanor.

Segundo o Comitê do Tubarão da província sul-africana de KwaZulu-Natal, 1.200 grandes tubarões-brancos circulam pela costa do país. Em 1991, a África do Sul se tornou a primeira nação a aprovar leis para proteger esse animal. Desde então, cientistas afirmam que a população da espécie tem conseguido crescer razoavelmente.

Muitos outros países, como os Estados Unidos, também seguiram medidas para proteger os tubarões-brancos.

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