Na busca por espécies marinhas profundas, os cientistas contam com a coragem e habilidade de fotógrafos destemidos. Em 2010, Laurent Ballesta e seus colegas mergulharam nas águas da Baía de Sodwana, na África do Sul, carregando consigo 32 kg de equipamento fotográfico. Nesse mergulho, Ballesta teve o privilégio de ser o primeiro a capturar em imagem um celacanto vivo, uma criatura que se pensava ter sido extinta junto aos dinossauros.

Os celacantos são verdadeiras relíquias vivas, remanescentes de uma era que remonta a milhões de anos. Esses peixes com nadadeiras lobadas, ancestrais dos vertebrados terrestres, habitavam os pântanos durante o período Triássico. No entanto, foram extintos do registro fóssil há milhões de anos, até que um exemplar foi capturado em 1938, ao largo da costa da África do Sul.
Desde então, novas descobertas foram feitas, incluindo a captura de celacantos vivos em 1987, o que levou à denominação de “fóssil vivo”. Apesar dessa alcunha, os celacantos não permaneceram inalterados ao longo do tempo, evoluindo lentamente. Sua atual localização nas profundezas oceânicas torna-os verdadeiros enigmas da natureza, dificilmente acessíveis aos mergulhadores comuns.
Ballesta, após anos de preparação e treinamento, conseguiu finalmente encontrar um celacanto com a ajuda do mergulhador Peter Timm, em 2010. Descendo a até 120 metros de profundidade, munido de tecnologia avançada de mergulho, ele teve o privilégio de testemunhar esses peixes raros em seu habitat natural, nas cavernas submarinas. Essa experiência única foi não apenas um marco na fotografia subaquática, mas também uma oportunidade de aprender mais sobre uma espécie que há muito tempo intrigava os cientistas.
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