Um incidente tenso envolvendo um grupo de orcas deixou navegadores em alerta no Estreito de Gibraltar, próximo às águas de Marrocos. Autoridades marítimas espanholas reportaram o afundamento de um veleiro após um ataque perpetrado por esses mamíferos marinhos. Este é apenas um dos mais de 200 casos semelhantes registrados em uma extensa área que se estende do norte da África até o litoral da França.
No último domingo, por volta das 9h, o veleiro Alboram Cognac, de 15 metros de comprimento, foi alvo desses ataques enquanto navegava na região. Os tripulantes, que estavam a bordo no momento do incidente, descreveram a sensação de golpes repentinos na embarcação, seguidos pelo rápido preenchimento de água a bordo. Felizmente, eles conseguiram enviar um sinal de socorro às autoridades espanholas e foram resgatados por um navio petroleiro, mas o veleiro acabou afundando.
Essa não foi a primeira vez que tais ataques ocorreram. No ano passado, um veleiro enfrentou uma situação semelhante, resultando em seu naufrágio após um ataque de orcas que durou 45 minutos. Os danos causados ao casco pela investida dos animais levaram à entrada de água na embarcação, tornando impossível sua navegação até o porto.
Recentemente, em um incidente ocorrido no início deste mês, um veleiro sob o comando de Gregory Blackburn também enfrentou problemas com orcas no Estreito de Gibraltar. A tripulação lutou para controlar o barco enquanto as orcas interferiam com o leme, tornando a navegação uma tarefa árdua.
As orcas, embora conhecidas como “baleias assassinas”, são, na verdade, uma espécie de golfinho. Seu comportamento predatório é direcionado principalmente a baleias e tubarões, e embora seja raro, incidentes envolvendo humanos e embarcações têm sido registrados. No entanto, um novo padrão de comportamento foi observado por cientistas, onde um grupo específico de orcas parece estar direcionando seus ataques a embarcações que cruzam seu território, resultando em um aumento significativo de incidentes ao longo do último ano.
Alfredo López Fernández, biólogo da Universidade de Aveiro em Portugal, e autor de um estudo sobre esse comportamento, observa que esses ataques não são motivados por agressão, mas sim por um comportamento complexo que ainda está sendo compreendido.
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