O rápido aumento da temperatura dos oceanos tem despertado grande preocupação entre os especialistas, que buscam acompanhar de perto esse fenômeno e suas consequências que vão muito além das águas marítimas.
Vidar Helgesen, secretário-executivo da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, expressou sua preocupação, destacando a urgência de lidar com o aquecimento dos oceanos. Ele ressaltou a necessidade de um esforço conjunto para observar e pesquisar em tempo real, além de uma colaboração mais estreita entre a comunidade científica e os responsáveis pela formulação de políticas.
Durante a Conferência da Década do Oceano, que reuniu 1.500 cientistas internacionais, representantes políticos e organizações em Barcelona, o tema do aquecimento dos oceanos foi amplamente discutido. Em março, a temperatura média da superfície dos oceanos estabeleceu um novo recorde, atingindo 21,07 °C, excluindo as regiões polares, de acordo com o observatório Copernicus.
O aumento da temperatura dos oceanos representa uma ameaça para a vida marinha, além de contribuir para eventos climáticos extremos, como tempestades e chuvas intensas. Os oceanos desempenham um papel fundamental na regulação do clima global, absorvendo grande parte do calor excessivo gerado pelas emissões de carbono resultantes da atividade humana e também absorvem parte do CO2, além de serem responsáveis por produzir cerca da metade do oxigênio que respiramos.
Os especialistas reconhecem que ainda há incertezas sobre as causas desse aumento de temperatura e suas implicações, incluindo possíveis influências em fenômenos como o El Niño. Um dos principais objetivos da Década do Oceano (2021-2030) é expandir o conhecimento sobre o aquecimento dos oceanos e compreender suas múltiplas ramificações para buscar formas eficazes de mitigá-lo.
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