Uma mortalidade recorde de baleias francas foi registrada na costa atlântica da Patagônia argentina (sul), o índice mais elevado já registrado de mortes desta espécie no mundo, informou a ONG Instituto de Conservação de Baleias (ICB) nesta semana.
“No ano de 2012 ocorreram 116 mortes de baleias, inclusive 113 filhotes”, informou o ICB em um informe no qual detalhou que este número é quase o dobro do reportado em 2011, quando morreram 61 exemplares.
A cada ano, a partir de junho, centenas de baleias-francas, de 14 metros de comprimento e até 50 toneladas, chegam às baías da Península de Valdés (1.400 km ao sul de Buenos Aires), declarada patrimônio mundial da Humanidade pela Unesco, para dar à luz e criar seus filhotes. Este espetáculo atrai para a região do sul da Argentina 100 mil turistas ao ano, dos quais 25% são estrangeiros.
Os cientistas trabalham com três hipóteses sobre o fenômeno da alta mortalidade: os encalhamentos, a exposição ao sol e o ataque de gaivotas, que bicam as baleias constantemente causando-lhes ferimentos no dorso.
As autoridades estudam se continuarão aplicando o chamado rifle sanitário contra estas aves, pois em 2012 foram eliminadas apenas 175, considerado um número muito baixo para o grande número de exemplares que atacam as baleias.
A mortandade de baleias na temporada 2012 representa 3% da população total do cetáceo no Atlântico Sul, estimada em 4 mil exemplares.
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