Testamos a nova nadadeira da MARES

A Mares lançou recentemente sua nadadeira “tech”, a Power Plana. As características principais são, como as demais nadadeiras “tech” do mercado: um tamanho reduzido da pala no comprimento e um pouco mais largas, “caminhos” para que a água passe de forma que todas as manobras de helicóptero, natação estática, nado a ré, e qualquer tipo de pernada (meia, completa e de sapo) sejam facilitadas. Feita em borracha quase indestrutível (como está descrito no site da Mares), levemente negativa, ideal para ajudar no trim com o uso de roupa seca e configuração tech; e com tiras de borracha e um engate inteligente para evitar enroscos em cabos (esta é uma novidade em relação aos seus concorrentes, que usam molas de aço inox). Um dos diferenciais que a Mares informa em relação as demais nadadeiras tech do mercado é o que chama de “full shape foot pocket”, ou seja, o mergulhador coloca o pé (bota) inteiro na nadadeira, dando mais firmeza para qualquer manobra.

E fomos testar a nadadeira na Mina da Passagem em Marina, agora em março. Participaram do teste três mergulhadores experientes, todos mergulhadores Cave Divers, que já utilizam outros modelos de nadadeiras técnicas do mercado, bem conhecidas desta comunidade. Veja o que cada um achou:

– Reinaldo Alberti – mergulhador desde 1987 – utiliza atualmente a X-Fin da Fun Dive: “A nadadeira é tão leve quanto a da Fun Dive, característica que eu gosto e prefiro. Manobra muito bem, e em todas as pernadas se mostrou eficiente. É uma nadadeira que consegue ficar “parada” quando é necessário usar a carretilha, em natação estática, com as pernas para cima, longe do fundo. Achei excelente para a pernada de sapo, inclusive reduzida (modificada). O elástico é fácil de colocar e tirar. Aprovada para mergulho técnico e passo a indicar junto com as demais para meus alunos de cursos técnicos.”

– Elzio Zanetti – mergulhador desde 1992 – utiliza atualmente a F1 da Hollis: “Gostei, mas achei muito leve pro meu tamanho. Ela realmente manobra bem, inclusive no nado a ré, mas só a achei meio leve mesmo. Gostei da forma que ela “abraça” os pés, pelo formato da sapata, dando boa firmeza na natação”.

– Marcelo Vendramini – mergulhador desde 1996 – utiliza atualmente a Jet Fin da Scubapro: “A nadadeira responde muito rápido a qualquer manobra. Fácil de se “entender” com ela desde as primeiras pernadas. É mais leve que a minha Jet Fin, que me empurra mais fácil, claro, por eu estar mais acostumado e ser um cara bem pesado… Gostei do tamanho da presilha, bem pequena, bem ajustada, para não enroscar em nada mesmo. Acho que vai agradar quem acha as outras nadadeiras técnicas muito pesadas”.

Como percebe-se, a nadadeira se mostrou mais leve que as demais no mercado. Pode ser uma excelente opção para quem acha que todas as nadadeiras técnicas são muito pesadas, e a rápida resposta as manobras pode levar a uma mais rápida adaptação do mergulhador que vai começar a utilizar uma nadadeira compatível com o peso e volume dos equipamentos em mergulhos técnicos.

Talvez uma restrição seja o preço, pois o valor sugerido e já encontrado em alguns Dive Centers está na casa dos R$ 750,00, maior que suas concorrentes. Mas talvez isso não seja um problema para quem já está acostumado a utilizar equipamentos da marca, normalmente tops de linha e com valores um pouco mais “salgados”.

About The Author