Um novo estudo, publicado no jornal Biology Letters, apresentou as descobertas realizadas por pesquisadores que exploraram a caverna submarina Hoyo Negro no México, encontrando ossos de animais que viveram na Era do Gelo. Entre os fósseis localizados estão o do urso-de-cara-achatada (Arctotherium wingei) e o de um lobo antigo (Protocyon troglodytes).
“Todos os registros anteriores desse tipo particular de urso são conhecidos como vindos de poucas localidades da América do Sul e esses são restos fragmentários”, contou o paleontólogo Blaine Schubert, diretor executivo do Centro em Excelência em Paleontologia Universidade do Leste do Tennessee, EUA.
Ambos os animais cujos ossos foram encontrados morreram nas profundezas da caverna, que foram inundadas logo depois. Por isso, segundo os pesquisadores, os ossos ficaram muito bem preservados.

As descobertas são consideradas de extrema importância, uma vez que poucos animais ancestrais sobreviveram no calor do clima tropical do México. O estudo ainda indicou que eles viveram bem mais ao norte do que se achava, em uma distância de 2 mil quilômetros de distância do local onde se achava que era o habitat desses animais.
Os fósseis podem ainda ser uma prova do Grande Intercâmbio Americano, um evento no qual a fauna terrestre e de água doce migraram da América do Norte através da América Central para a América do Sul e vice-versa.
Atualmente, o urso-de-óculos é o parente mais próximo do urso cujos ossos foram encontrados. É provável que o urso-de-cara-achatada e o lobo sejam ancestrais de novas espécies que viveram na caverna Hoyo Negro, mas que os cientistas nunca haviam descoberto fora da América do Sul.
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