O litoral sul do Estado do Rio não é chamado de Costa Verde à toa. A região — onde ficam as cidades de Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba — é coberta por generoso pedaço de Mata Atlântica que parece querer mergulhar nas águas calmas e cristalinas da Baía da Ilha Grande. Por ali, a beleza natural é abundante na superfície e também debaixo d’água, o que faz do lugar um conhecido ponto de mergulho. Com tantos atributos, nem precisava, mas, ao longo dos anos, o homem se encarregou de criar outros atrativos para quem gosta de explorar o fundo do mar. Há 52 naufrágios documentados na região, dos quais pelo menos 14 podem ser visitados por mergulhadores devidamente habilitados para explorar os mistérios desses monumentos submersos, que vão muito além de mero aço retorcido.
As embarcações afundadas costumam atrair vida marinha diversa e abundante. Além disso, cada casco carrega consigo muita história. O mais antigo dos naufrágios na região, por exemplo, completa 170 anos em 2 de junho. Trata-se do vapor Rio de Janeiro, navio originalmente batizado como Califórnia. Movido a pás e com 42 metros de comprimento, foi a pique no trecho em frente à Praia Vermelha, na Ilha Grande, após incêndio seguido de explosão. Não é para menos: sua carga era formada por armas e cerca de três toneladas de pólvora.
Fonte: https://extra.globo.com/rio/noticia/2023/05/mergulho-na-historia-biologo-marinho-disponibiliza-banco-de-dados-sobre-naufragios-259-deles-na-costa-do-rio.ghtml
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