Mergulhadores de Bombinhas registraram ontem um encontro com um gigante nas imediações da Ilha do Arvoredo. Um tubarão-baleia de cerca de oito metros de comprimento nadava tranquilo na superfície quando foi avistado por instrutores da escola de mergulho Patadacobra. Quatro mergulhadores entraram na água e ficaram lado a lado com o tubarão, que se deixou fotografar e pareceu não se incomodar em ser observado.
A espécie, que se alimenta de plâncton, não é agressiva. Na idade adulta, um tubarão-baleia pode chegar a 15 metros de comprimento.
Em dois meses, este foi o segundo encontro de Ranieri Balestro, mergulhador e diretor de cursos da escola, com o gigante do mar. Em dezembro do ano passado ele estava em um grupo que avistou um tubarão-baleia em águas rasas na Praia da Sepultura, em Bombinhas.
Naquela ocasião, especialistas monitoraram o Litoral porque havia possibilidade de encalhe do animal, que não costuma nadar tão perto da praia. Desta vez, no Arvoredo, o encontro foi diferente:
A área onde ele estava tem 22 metros de profundidade.
Encontros mais frequentes
Mergulhador experiente, Balestro diz que há pelo menos 12 anos não via tubarões-baleia pela região. Jules Soto, pesquisador e curador do Museu Oceanográfico da Univali, concorda que os avistamentos eram raros, mas diz que ainda é cedo para afirmar que os animais estão de fato mais presentes por aqui.
Serão necessários mais estudos para que possamos dizer que a incidência é maior. Pelo menos 12 anos de coletas de dados afirma Soto.
Desde o ano passado, quatro registros de aparecimento de tubarões-baleia em Santa Catarina chegaram ao pesquisador. Além das duas ocorrências com mergulhadores, um animal apareceu morto no Sul do Estado e outro morreu após encalhar na Praia de Perequê, em Porto Belo. Este último espécime está sendo conservado pela Univali, numa delicada operação, e fará parte do acervo do Museu Oceanográfico.
Fonte: Guarda-Sol | por Dagmara Spautz
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