Má notícia para o Sea World: Orca de 103 anos é encontrada na costa do Canadá

Foto: divulgação
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O SeaWorld pode estar em apuros por causa de Granny (Vovó) que, pelo que se conhece, é a mais velha orca viva no mundo atualmente. A baleia de 103 anos (também conhecida como J2) foi recentemente descoberta ao largo da costa ocidental do Canadá com a sua família – seus filhos, netos e bisnetos. Mas, enquanto o avistamento de Granny é emocionante para as pessoas, é problemático para o SeaWorld. As informações são do The Dodo.

Primeiramente, o SeaWorld afirma que “ninguém sabe ao certo quanto tempo as baleias assassinas vivem”, quando figuras e exemplos vivos de longevidade como Granny podem dar uma boa idéia. O projeto Whale and Dolphin Conservation estima que as baleias nascidas em cativeiro vivem apenas 4 a 5 anos, em média; muitas das orcas do SeaWorld morrem antes que atinjam os seus 20 anos. Talvez por ter sua vida útil reduzida, as baleias são forçadas a se reproduzir de forma contínua e em idades perigosamente precoces, o que também poderia diminuir a sua saúde em geral.

Outro aspecto importante da vida de uma orca – e que falta em um cativeiro – é a capacidade de nadar até 100 quilômetros por dia. Quando Granny foi flagrada no início do mês, ela tinha acabado de terminar um percurso de 800 quilômetros no norte da Califórnia, juntamente com seu grupo. De acordo com os defensores de direitos animais, a natação de longa distância é essencial para a saúde psicológica das orcas e para o seu bem-estar; no SeaWorld, no entanto, há um registro alegando que as orcas não precisam nadar centenas de quilômetros regularmente, afirmação que visa defender a prática cruel dos parques de manter enormes e poderosas orcas confinadas em tanques apertados.

Desde que Granny foi vista pela primeira vez (no início dos anos 30), acredita-se que ela tenha dado à luz dois filhos, que por sua vez tiveram seus filhotes. Um de seus netos, canadense, morreu com a idade de 4 anos depois de ter sido capturado e mantido no SeaWorld. Conforme seu grupo cresceu, Granny manteve-se com eles – sem que fossem separados por intervenção humana – e viajou distâncias surpreendentes com esse grupo a cada ano. Orcas no SeaWorld são rotineiramente separadas de seus grupos, o que tem sido indicado como fator causador de grande tensão mental e emocional, e pode impedir que filhotes se desenvolvam normalmente.

Granny não representa apenas um feito impressionante da natureza; ela incorpora o que há de errado com o SeaWorld por ser um exemplo vivo do que é certo na vida selvagem. Embora seja provável que a maioria das orcas selvagens não vivam tanto quanto Granny, sua expectativa de vida é dramaticamente mais longa do que aquela das baleias do SeaWorld (o National Oceanic Atmospheric Administration estima que orcas fêmeas selvagens como Granny vivem uma média de 50 a 60 anos). Suas vidas também são preenchidas com muito mais natação, exploração, variedade e vínculo com a família – em outras palavras, suas vidas são certamente preenchidas com muito mais alegria.

O SeaWorld e outros parques marinhos lucram ao manter orcas e outros animais marinhos em cativeiro – apesar da evidência de que o cativeiro não só induz a comportamentos não naturais nas baleias, mas também põe em perigo a vida dos treinadores. Essa exploração apenas irá cessar quando as pessoas deixarem de visitar esses locais.

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