Japão quer retomar caça de baleias na Antártica, mas com limite de volume

Imagem feita pelo braço australiano da ONG Sea Shepherd mostra três exemplares de baleia-de-minke capturados pelo navio japonês Nisshin Maru (Foto: Tim Watters/Sea Shepherd/AFP)
Imagem feita pelo braço australiano da ONG Sea Shepherd mostra três exemplares de baleia-de-minke capturados pelo navio japonês Nisshin Maru (Foto: Tim Watters/Sea Shepherd/AFP)

O Japão planeja retomar a caça de baleias no Oceano Antártico em 2015, mas vai limitar o volume da captura para se ajustar à sentença da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que proibiu o país de exercer a atividade.

Esta será a mudança principal do novo programa japonês de pesca de baleias na Antártica, que o Executivo pretende apresentar na próxima reunião da Comissão Baleeira Internacional (CBI), que começa dia 15, na Eslovênia. As informações são do jornal “Asahi”.

O Japão cancelou sua campanha de pesca na região após a sentença da CIJ, divulgada em março, e decidiu reduzir sua cota de capturas no Pacífico Norte a 210 exemplares neste ano, 170 a menos que na temporada anterior. A decisão do Tribunal de Haia não afeta seu outro programa científico, nem as capturas comerciais que o Japão realiza em sua costa.

Fins científicos

O país defende que a caça de baleias tem “fins científicos”, mas a sentença da Corte Internacional estabeleceu que esse objetivo não justificava o alto número de capturas. A sentença afirmou ainda que o governo japonês não fez esforços suficientes para desenvolver seu programa sem a necessidade de matar os animais, e assinalou que, para poder retomá-lo, Tóquio devia realizar amplas melhoras no projeto.

Até a proibição, as campanhas baleeiras do Japão se limitavam a capturas, por temporada, de 850 exemplares da baleia-de-minke, 50 de baleia-jubarte e 50 de rorqual-comum. Agora, estuda-se limitar as capturas de baleia-de-minke, a mais comum das três espécies, e recalcular as cotas de futuras campanhas para conseguir o sinal verde da Comissão Baleeira Internacional. A reunião da CBI é a primeira realizada desde a sentença do Tribunal de Haia, originada por uma reivindicação apresentada pela Austrália.

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